André Rebouças, nascido em 1838 em plena Sabinada, a insurreição baiana contra o governo regencial, seu pai era Antônio Pereira Rebouças, um mulato autodidata que obteve o direito de advogar, representou a Bahia na Câmara dos Deputados em diversas legislaturas e foi conselheiro do Império.
André tinha sete irmãos, sendo mais ligado a Antônio, que se tornou seu grande companheiro na maioria dos seus projetos profissionais. Em fevereiro de 1846, a família mudou-se para o Rio de Janeiro. André e Antônio freqüentaram alguns colégios até ingressarem na Escola Militar. Bacharelou-se em Ciências Físicas e Matemáticas em 1859 e obteve o grau de engenheiro militar no ano seguinte. Os dois irmãos foram pela primeira vez à Europa, em viagem de estudos, entre fevereiro de 1861 e novembro de 1862. Foi professor da Escola Politécnica, e durante toda sua vida preocupou-se com a realidade brasileira. Na década de 1880, André Rebouças se engajou na campanha abolicionista e ajudou a criar a Sociedade Brasileira Contra a Escravidão, ao lado de Joaquim Nabuco, José do Patrocínio e outros. Participou também da Confederação Abolicionista e redigiu os estatutos da Associação Central Emancipadora. Apoiou a reforma agrária no Brasil. Foi também inventor, tornando-se famoso pelos serviços no abastecimento de água na cidade do Rio de Janeiro.
O movimento militar de 15 de novembro de 1889 levou André Rebouças a embarcar, juntamente com a família imperial, com destino à Europa.
Por dois anos, ele permaneceu exilado em Lisboa, como correspondente do "The Times" de Londres. Transferiu-se, então, para Cannes, na França, até a morte de D. Pedro II.
Em 1892, com problemas financeiros, aceitou um emprego em Luanda, Angola, onde permaneceu por 15 meses. Fixando-se em Funchal, na Ilha da Madeira, até sua morte em 9 de maio de 1898.
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