Estamos falando do início dos anos 50, quando um grupo de negros foram impedidos de ingressar em uma festa de um famoso clube carioca, onde a freqüência era exclusivamente de associados brancos da classe média do Rio de Janeiro. Tal fato motivou a criação do Renascença Clube por parte deste grupo composto por 3 negros e suas respectivas esposas em 17 de fevereiro de 1951 no bairro do Méier, zona norte da cidade do Rio de Janeiro. O objetivo era fundar um clube próprio onde eles e seus semelhantes pudessem transitar livremente.
Nos seus 60 anos de existência, o Rena, como é conhecido publicamente, do ponto de vista cultural, sempre se caracterizou como uma agremiação de vanguarda, tendo revelado inúmeras personalidades artísticas afrobrasileiras, entre outros campos de atuação. Em sua fase inicial, o clube concentrou-se em torno de atividades voltadas para os associados e suas famílias. No final da década de 50 e início dos anos 60, o clube transferiu-se para o bairro do Andaraí, também zona norte da cidade. Na nova sede, onde se encontra até os dias atuais, o Renascença alcançaria projeção nacional e internacional com a participação de suas representantes nos concursos de beleza, a força nas realizações culturais como o teatro ao ar livre no ínicio da década de 70 com a peça Orfeu Negro as famosas Rodas de Samba sob o comando de artistas consagrados as domingueiras jovens com as Noites do Shaft os grandes bailes do Sarong, Azul e Branco, Havaí, entre outros shows inesquecíveis com a saudosa Elizeth Cardoso, Caubi Peixoto, Roberto Ribeiro, João Nogueira, e muito mais. O Renascença foi destaque também no esporte na década de 80 nás áreas do Atletismo em parceria com o atleta olímpico Robson Caetano criou o projeto Vamos Tirar as Crianças da Rua, Correndo, e no futebol de salão onde revelou grandes atletas. Recentemente, o clube é destaque pelas suas rodas de samba, em especial o Samba do Trabalhador, tendo a frente cantor e compositor Moacyr Luz.
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